Quanta fadiga nesse fado
proibições consagradas
vinagre rentável
há uma vida que nos separa
e que reencarna no querer
não há fênix que se compadeça
depois do desfalecer
quero o que há de mais sacro e mundano
eu também quero a rima barata
e o instrumento de cordas entre os utensílios de viagem
seu livro de magia e seu novo testamento
quero atravessar suas fronteiras
quebrar sigilo
renovar visto sem te perder de vista
no entanto renovam-se as proibições consagradas
quero a quebra de protocolos e de distância imposta por medo
quanta cuíca nesse samba
parece deboche da vida
que sorri de lado e sorteia alegria
teu guarda-roupa não tem porta
e eu já tenho receio
o quanto o homem pode amar uma mulher?
é na mesma proporção que a morte sapateia nas minhas costas e pedala na direção da volúpia?
eu realmente não sei
e sinceramente não sei ser paciente
a urgência das minhas palavras
e a pressa de minhas ações
me carregam para zonas sensíveis e desconhecidas
como se fossem virilhas
caminhos de terra e açúcar
como se fossem certezas
tanta conotação
e você não me denota
não reage
não me esgrima
nenhum touché
homem, coragem!
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Biografia:
Bruna Oliveira, 20 anos e uma vontade imensa de novidade. Comecei a escrever por necessidade aos 14 anos, estava apaixonada. Sempre fui apaixonada pelo amor, pelas palavras e como dar sentido a tudo o que se sente. Gosto muito da criatividade de Leminski e da simplicidade de Manuel de Barros. Tenho muito a aprender e dizem que sou um pouco misteriosa. A minha poesia falará por mim.
Divulgação da autora:
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