terça-feira, 26 de abril de 2016

06.03.16





Quanta fadiga nesse fado 

proibições consagradas 
vinagre rentável
há uma vida que nos separa 
e que reencarna no querer 
não há fênix que se compadeça
depois do desfalecer 
quero o que há de mais sacro e mundano
eu também quero a rima barata 
e o instrumento de cordas entre os utensílios de viagem 
seu livro de magia e seu novo testamento
quero atravessar suas fronteiras 
quebrar sigilo 
renovar visto sem te perder de vista 
no entanto renovam-se as proibições consagradas
quero a quebra de protocolos e de distância imposta por medo 
quanta cuíca nesse samba 
parece deboche da vida
que sorri de lado e sorteia alegria 
teu guarda-roupa não tem porta 
e eu já tenho receio 
o quanto o homem pode amar uma mulher? 
é na mesma proporção que a morte sapateia nas minhas costas e pedala na direção da volúpia? 
eu realmente não sei 
e sinceramente não sei ser paciente 
a urgência das minhas palavras 
e a pressa de minhas ações
me carregam para zonas sensíveis e desconhecidas
como se fossem virilhas 
caminhos de terra e açúcar 
como se fossem certezas
tanta conotação
e você não me denota
não reage 
não me esgrima 
nenhum touché
homem, coragem!



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Biografia: 
Bruna Oliveira, 20 anos e uma vontade imensa de novidade. Comecei a escrever por necessidade aos 14 anos, estava apaixonada. Sempre fui apaixonada pelo amor, pelas palavras e como dar sentido a tudo o que se sente. Gosto muito da criatividade de Leminski e da simplicidade de Manuel de Barros. Tenho muito a aprender e dizem que sou um pouco misteriosa. A minha poesia falará por mim.

Divulgação da autora:

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