segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Janelas escuras da alma



Percorro o interior de minhas trevas
Como quem nunca a nada teme
Pois mesmo quando há escuridão
Encontro luz na janela perene.

Mas hoje ao seguir enfadonha rotina
Encontrei Loucura prostrada a janela
Mesquinha como sempre acenou-me e perguntou:
- Você gostaria de vislumbrar luz por ela?

Aflita notei o que então ocorria
Minha fenestra encontrava-se fechada
E Loucura repleta de suas artimanhas
Por sua conversa afável  me levava.

Não se luta em uma guerra vencida
Pensei repentinamente com enorme pesar
Pois sem as janelas de minha alma

Resta-me apenas com Loucura pernoitar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário