quinta-feira, 7 de julho de 2016

SEXO

Caminho sobre o árido
E na mão um cajado
Pra fincar na terra
Instrumento da própria substância
Eu visitei teu deserto
Cultuei os teus santos
Sacrifiquei o meu ego
A minha idade dentro do tempo é nada
A minha vontade dentro do teu templo é bacia cheia d'água
Mangueira e manguezal
Tua pele é movediça
Eu feito isca de caranguejo
Vejo
Que pra você sou cajuína
Que embebeda tua boca
E queima entre as pernas
Beijos de mamba-preta
Encharque de seiva na relva.

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