quarta-feira, 30 de março de 2016

Eu Pássaro

Sou pássaro da alcova
Repreendido por sua canção,
De tanto galgar em memórias
Entreguei asas a solidão.

Andorinha voa liberta
Mas só não faz verão
E eu pássaro cativo
Vivo junto a alusão.

Haverá entrega maior que o medo?
Ou pôr-do-sol que me receba?
Quero sair desse arvoredo
Que hoje sou humana presa.

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